Após medida, 25,1% da exportação brasileira está livre das sobretaxas.
Os Estados Unidos decidiram retirar as tarifas adicionais que atingiam as exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel.
A medida publicada por meio da Ordem Executiva nº 14.346, isenta os produtos da alíquota de 10% anunciada em abril, e da sobretaxa de 40%, aplicada em julho.
Segundo a Agência Brasil, em 2024 o Brasil exportou quase US$ 1,84 bilhão desses produtos para os Estados Unidos, o que representou 4,6% do total destinado para aquele mercado.
A maior parte corresponde à celulose, sobretudo as pastas químicas de madeira, que somaram US$ 1,55 bilhão.
Com a mudança nas taxas, 25,1% das exportações brasileiras para os EUA passam a estar livres das tarifas extras de 10% e 40%.
Ao todo, o Brasil vendeu cerca de US$ 40 bilhões em produtos ao mercado norte-americano em 2024.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 34,9% das exportações brasileiras aos EUA seguem sujeitas às tarifas adicionais de 10% e 40%, totalizando 50%.
Entre outras exportações, 16,7% estão sujeitos à tarifa de 10%, outros 25,1% estão livres das sobretaxas e 23,3% continuam sob tarifas específicas aplicadas a todos os países.
Para o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, a retirada da tarifa representa um avanço para o setor de celulose, mas ainda há desafios:
“O governo segue empenhado em diminuir a incidência de tarifas dos EUA sobre os produtos brasileiros. A mais recente ordem executiva dos EUA representa um avanço sobretudo para o setor de celulose do Brasil. Mas ainda há muito a ser feito e seguimos trabalhando para isso”, afirmou em nota.


