A defesa do noivo da mulher flagrada na casa paroquial em Nova Maringá (MT), no último domingo (12), emitiu uma nota afirmando que o homem não estava na cidade no dia dos fatos, pois viajou a trabalho para o Rio Grande do Sul.
Em nota divulgada por seus advogados, o rapaz afirmou que “se encontrava totalmente alheio à situação que veio a público” e lamenta o que classificou como “atitudes profundamente reprováveis”, que teriam causado constrangimento e abalo a comunidade local.
Para ele, o episódio envolveu “quebra de confiança, desrespeito e ausência de responsabilidade moral e religiosa”, impactando não apenas os diretamente envolvidos, mas também famílias, amigos e membros da comunidade católica.
Ainda conforme a nota, a família já entrou em contato com a Polícia Civil e se colocou à disposição para colaborar com as investigações e fornecer novas informações sobre o caso.
O caso
No domingo (12), o vídeo ganhou repercussão nas redes sociais. Ele registrou o momento em que pessoas invadem a casa paroquial da Igreja Nossa Senhora Aparecida e flagra o padre Luciano Braga Simplício sem camisa.
Ele chega a arrombar a porta de um banheiro, onde encontra a mulher escondida embaixo de uma pia. As imagens rapidamente se espalharam pela internet e causaram grande repercussão.
Já na segunda-feira (13), a jovem de 21 anos que aparece no vídeo gravado registrou um boletim de ocorrência contra a divulgação indevida das imagens que circularam nas redes sociais.
Foi a partir deste boletim, que a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (16).
Segundo a Polícia Civil, as investigações apuram os crimes de constrangimento ilegal qualificado, praticado mediante violência ou participação de três, ou mais pessoas, dano qualificado, invasão de domicílio qualificada, praticada no período da noite e com violência, exposição da intimidade e dano psicológico contra a mulher, de 21 anos, que visivelmente entra em estado de choque após ter a intimidade registrada pelas câmeras.
As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça com base no inquérito policial instaurado na Delegacia de São José do Rio Claro (MT).
Diocese abriu investigação
Em nota, a Diocese de Diamantino informou que está ciente das denúncias e abriu uma investigação interna sobre a conduta do sacerdote.
“Comunicamos, ainda, que, tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus, todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas. Pedimos a compreensão e a oração de todos”, diz o comunicado assinado pelo bispo diocesano, Dom Vital Chitolina.
Quem é o padre?
O padre Luciano Braga Simplício foi nomeado pároco de Nova Maringá em 2024. Antes disso, atuava como vigário paroquial na Paróquia São José, em São José do Rio Claro. Ele mantém o perfil “Alô Meu Deus! Pe. Luciano” no Instagram, onde costuma publicar homilias diárias para mais de 3,5 mil seguidores.
O sacerdote informou à reportagem que sua manifestação sobre o caso ocorre exclusivamente por meio da nota oficial da Diocese.
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