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    Mãe denuncia execução em operação e cobra políticas para a juventude

    Isabela Vieira - reporter da Agencia BrasilDe Isabela Vieira - reporter da Agencia Brasil3 de novembro de 2025Nenhum comentário8 minutos lidos
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    “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi ao Senhor: Ele é meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e Nele confiarei”.

    Este é um trecho do Salmo 91, da Bíblia, que a confeiteira Tauã Brito, de 36 anos, recomendou ao filho Wellington, de 20 anos, durante a operação policial contra o Comando Vermelho, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28), na cidade do Rio de Janeiro. Ele foi um dos 121 mortos na ação, que é considerada a mais letal da história do estado.

    >> Sob facções e operações, população de favelas vive traumas e adoece

    Ao receber a Agência Brasil na casa de um familiar, na zona norte do Rio, ela lembrou das últimas conversas com o jovem e denunciou que encontrou seu corpo com as mãos amarradas, o que indica que estava rendido antes de ser morto.

    “Se um policial conseguiu chegar no meu filho, amarrar o braço dele e dar uma facada nele, é porque ele não oferecia mais perigo. Então, por que não levou preso? No Brasil, não tem pena de morte. Se a pessoa não oferece perigo, tem que ser presa”, critica Tauã, que tem recebido uma série de mensagens ofensivas e classifica a operação como um massacre.

    Mãe solo de Wellington durante a maior parte da vida dele, Tauã teve o filho aos 15 anos. Ela saiu da casa dos pais e viveu ao lado do pai da criança por sete anos, quando se separou e o criou com a avó dela, em uma casa simples no Complexo da Penha.

    Ela conta que se desdobrou como garçonete, vendedora de chips de celular e de doces para conseguir que Wellington completasse o Ensino Médio e até se empregasse em um supermercado, como jovem aprendiz, quando ele tinha entre 14 e 15 anos.

    “Wellington foi uma criança muito amada, brincalhona, dormia na cama com a avó até os 7 anos. Ele sempre foi tranquilo, estudioso e namorador. Sempre tinha uma novinha”, ri a mãe. “Tem um monte postando foto dele. Ele era lindo, meu menino”.

    Tauã Brito com o filho Wellington Brito quando ainda criança. Foto: Tauã Brito/Arquivo Pessoal

    É com muito carinho que a irmã, de 7 anos, também se recorda dele, durante a entrevista. Enquanto Tauã repassava vídeos dos dois juntos no celular, mostrando os dois filhos passeando de moto pela comunidade, gravando “dancinhas” para as redes sociais ou jogando dominó antes de dormir, a menina lembra.

    “Eu gostava de brincar com meu irmão, sair para tomar açaí, dar um rolê de moto. Nós fazíamos muitas coisas juntos”, confidenciou.

    Tauã conta que a família vivia unida, Wellington voltava todos os dias para dormir em casa e eles frequentavam a igreja e as festas religiosas juntos. Até que a chegada da adolescência trouxe apreensão à mãe quando o filho foi cooptado pelo tráfico de drogas.

    “Eu falei para ele, ‘pelo amor de Deus, meu filho, vamos embora desse lugar, vamos viver com a minha avó, em Rio das Ostras [cidade da Região dos Lagos do Rio de Janeiro]’, mas ele recusava”.

    Tauã Brito, mãe de Wellington, morto durante a Operação Contenção no Complexo da Penha, mostra foto do filho em seu celular. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Dia da operação

    Durante a operação policial que reuniu 2,5 mil policiais nos complexos, Tauã conta que começou a falar com o filho às 2h da manhã. 

    “Na verdade, eu pedi, eu implorei para ele ficar em casa, para ele não sair, mas eu não consegui evitar”.

    Eles trocaram muitas mensagens durante a madrugada, com ela recomendando o salmo bíblico e implorando para ajudar, por exemplo, mediando uma rendição. Mas já não havia tempo. 

    No início da manhã, Wellington estava na mata, região da Serra de Misericórdia, onde os policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar fizeram um “muro”, impedindo tanto moradores de subirem quanto quem estava lá de escapar. Sem mais respostas, Tauã tentou ir até lá, mas foi impedida pelos policiais da Operação Contenção.

    De noite, como ela já tinha contado em entrevista à TV Brasil, Tauã esteve na porta do Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde chegaram os primeiros corpos das vítimas, e implorou ajuda da imprensa para conseguir entrar na mata sem a ameaça de ser alvejada por policiais, mas o apelo foi em vão.

    Tauã Brito, mãe de Wellington, morto durante a Operação Contenção no Complexo da Penha, e sua outra filha, de 7 anos. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Quando os policiais saíram, ela subiu para a mata junto com o pai de Wellington. Com a luz do celular, gritou, procurou pelo filho e o encontrou, em meio a outros corpos, à 1h da manhã, com punhos amarrados, um corte de faca no braço e um tiro na cabeça.  

    “Gente, eu nunca falei que meu filho era certo. Eu sempre falei assim ‘abençoo a sua vida, mas não o que você faz. Eu nunca fui a favor do que ele fazia, nunca peguei o dinheiro dele para nada. Eu nem sei o quanto recebia. Eu sempre fiz meu bicos em restaurante, fazia bico de garçonete no pagode, sempre fui atrás”. 

    “Eu não apoiava o que ele fazia, mas ele tinha o direito de se entregar, de estar preso”, lamentou.

    Tauã velou o corpo do jovem durante a madrugada e manhã de quarta-feira (29), quando 80 pessoas assassinadas também foram retiradas da mata e enfileiradas por moradores na Praça São Lucas, no Complexo da Penha. A imagem fazia referência à Chacina de Vigário Geral, que ceifou 21 vidas há 30 anos. 

    “O governador [do Rio, Cláudio Castro] disse que essa foi uma operação bem-sucedida. Bem-sucedida para quem? O que mudou aqui dentro? A plataforma política dele é essa: oferecer corpos?”, criticou.

    “Se o governador falasse assim: ‘olha, entrei na comunidade, a polícia deixou cento e poucos mortos, mas eu tô oferecendo isso aqui para vocês, pros jovens poderem mudar de vida. Eu tô entrando com esse recurso’. Mas isso não aconteceu. Ele entrou, matou e acabou. Não tem nada para quem fica, para quem viu o estado desses corpos no chão. A gente, quando estava na porta do IML, viu dois ônibus da polícia debochando das famílias, rindo, batendo palma, dando gargalhada”.

    Liberação do corpos

    A mãe também denuncia o descaso na retirada dos corpos, que ficaram muitas horas na comunidade, e na identificação pelo IML. Ela acredita que os corpos deveriam ter sido distribuídos para outros IML do estado, e tratados com mais dignidade.

    “Os corpos ficaram horas na mata e no sol. Na quarta-feira, demorou para a defesa civil vir buscar. Então, o corpo já entrou em estado de decomposição. Depois que saiu daqui, quando chegaram no IML, os corpos ficaram no chão, do lado de fora, muitas horas depois de estarem mortos”.

     Dezenas de corpos na Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil

    Com essa situação, Tauã mudou os planos para o enterro de Wellington. “Eu queria ver o meu filho, me despedir, mas teve de ser com caixão fechado. Eu pedi para abrir, só que, quando abriu, pedi para fechar”. 

    Tauã conta que ainda não conseguiu voltar para casa, mas que reuniu forças para falar sobre o ocorrido como forma de defender a vida. Na visão dela, faltam oportunidades e políticas públicas para os jovens de favela e sobram violência e morte. Ela busca transformar o luto em denúncia, para que as circunstâncias da letalidade na Operação Contenção sejam esclarecidas e para que outros jovens não sejam iludidos pelo crime organizado.

    “A minha guerra acabou, mas tem muitas mães pedindo socorro para seus filhos, e minha luta será por eles também”, explicou.

    “Eu quero falar, realmente, sobre a minha dor, sobre o que aconteceu naquele dia, sobre o direito que me foi tirado, de chegar ao meu filho para ele poder ser preso, porque, daqui a pouco, isso vai estar esquecido, mas existem outros Wellingtons e mães que precisam ouvir”, terminou.

    Tauã Brito, mãe de Wellington, morto durante a Operação Contenção no Complexo da Penha. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Governo do Rio

    Em entrevistas coletivas concedidas à imprensa durante a semana, autoridades da segurança pública do governo do estado do Rio de Janeiro consideraram que a Operação Contenção foi um sucesso, afirmaram que os criminosos que se entregaram foram presos e alegaram que os mortos foram os que tentaram matar os policiais em ação, que buscavam o cumprimento de 100 mandados de prisão e 180 de busca e apreensão. 

    Segundo disseram à imprensa, o conflito foi deslocado para área de mata, onde ocorreu a maior parte das mortes, para preservar a população dos complexos de favelas, considerados o “quartel general do Comando Vermelho”.

    O governador, Cláudio Castro, chegou a avaliar que as únicas vítimas foram os quatro policiais mortos. Já o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, disse que a ação foi planejada, mas que o resultado “quem escolheu foram eles”. 

    “Chacina é a morte ilegal. O que fizemos ontem foi ação legítima do Estado para cumprimento de mandados de apreensão e prisão”, afirmou.

    Entidades de defesa dos direitos humanos e movimentos de favelas classificaram a ação como “chacina” e “massacre” e cobram que a investigação seja feita de forma independente.

     Mesa com autoridades do Estado do Rio de Janeiro durante coletiva de imprensa sobre a Operação Contenção na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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